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São equipamentos que corrigem a tensão da rede elétrica e fornecem uma alimentação estável e segura aos equipamentos.

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Gerador é um dispositivo utilizado para a conversão da energia mecânica, química ou outra forma de energia em energia elétrica.

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Um transformador ou trafo é um dispositivo destinado a transformar energia elétrica de um circuito a outro, isolando, elevando ou rebaixando tensões e correntes.

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Riscos em manter um banco de baterias além da vida útil

 Uma das características da bateria chumbo-ácido regulada por válvula (VRLA) é o confinamento do eletrólito, que é imobilizado de modo a eliminar os riscos e conseqüentes danos de um derramamento de substância ácida e que, por sua arquitetura interna, facilita o ciclo de recombinação de gases com elevados níveis de eficiência. Devido a isso, torna-se desnecessário adicionar água à bateria ao longo de sua vida operacional, trazendo grandes vantagens em seu manuseio e procedimentos de manutenção. Assim, em condições normais de operação, quantidades ínfimas de gás são liberadas para o meio ambiente onde as baterias estejam instaladas.

Pela característica de baixa manutenção desse tipo de bateria, muitas vezes as manutenções periódicas são feitas de modo inadequado e em muitas situações não é feito nenhuma manutenção nas baterias. A Norma Brasileira NBR 15641 recomenda, entre diversos procedimentos, que essa manutenção se de trimestralmente, onde devem ser verificados os valores de tensão individual por monobloco, tensão total do banco, aspectos visuais, temperatura ambiente e quando possível os valores de resistência ôhmica das baterias. Inclusive essas verificações podem ser solicitadas em caso de requisição de garantia, conforme consta no Termo de Garantia da maioria dos fabricantes de bateria.

Uma bateria VRLA de pequeno e médio porte, até 33 Ah, em geral, possui vida útil projetada de 5 anos em regime de flutuação. Baterias maiores, acima de 40 Ah, em geral, possuem vida útil projetada de 10 anos em regime de flutuação. A vida útil projetada de uma bateria é o tempo em regime de flutuação que uma bateria pode ser utilizada com segurança fornecendo uma autonomia de no mínimo 80% da capacidade nominal. A máxima vida útil da bateria pode ser atingida seguindo todas as recomendações do manual da bateria. Toda vez que a bateria for utilizada fora dos parâmetros adequados e recomendados pelo fabricante, ela sofrerá perda de vida útil.

Alguns dos principais fatores que diminuem a vida útil das baterias são:

* Tensão de flutuação inadequada para a temperatura ambiente, gerando sobrecarga ou sulfatação.

* Temperatura ambiente diferente de 25°C.

* Valor de ripple maior que 5% da tensão de flutuação.

* Descarga além da tensão de corte recomendada para o regime de descarga.

* Armazenar em estoque além do tempo especificado para a temperatura ambiente.

* Diferenças de temperatura maior do que 3 °C e tensão maior do que 0,03 V em baterias de um mesmo banco.

Todos os fatores acima contribuem de forma acentuada para a diminuição da vida útil da bateria.

Quando uma bateria de um banco de baterias atinge o fim de vida útil, todas as baterias do banco devem ser substituídas, pois o uso de baterias com idades diferentes em um mesmo banco acarreta na sobrecarga das baterias novas e sulfatação das baterias mais velhas, pela diferença de resistência interna das baterias.

Um banco que tenha baterias que já atingiram o fim de vida e continuam em uso é um grande risco à confiabilidade do sistema e também à segurança das pessoas e equipamentos próximos ao banco.

Confiabilidade do sistema

Quando uma bateria atinge o fim de vida ela não apresenta mudança no valor de tensão de flutuação e, por isso, muitas vezes a bateria continua a ser utilizada dando a falsa impressão que está sem problemas. Porém, quando solicitada, a bateria não suporta a carga e logo nos primeiros minutos seu valor de tensão despenca para valores menores de 5 V. Isso ocorre, pois muitas vezes as bateria podem passar longos períodos sem serem requisitadas mesmo estando com suas placas corroídas ou problemas nas soldas entre células ou até mesmo com dry-out. E então quando solicitadas, não suportam a descarga por não ter material ativo nas placas e pela qualidade das células já desgastadas.

As únicas maneiras de se verificar a vida útil de uma bateria são pelo seu valor de resistência interna, que quando apresenta valor de resistência 25% maior do que o valor inicial indica que a bateria atingiu seu fim de vida, ou então se fazendo um teste de capacidade, o que se torna inviável em algumas instalações por requerer o uso de bancos de resistência e a interrupção da alimentação do no-break ou sistema que esteja alimentando.

Segurança

Quando uma bateria atinge o fim de vida ela se torna um risco à segurança das pessoas e equipamentos próximos a ela, pois o fim de vida pode se dar pelo dry-out, gaseificação do eletrólito o que leva a bateria ao fenômeno conhecido como avalanche térmica, podendo a bateria estufar e até mesmo explodir.

Baterias que atingiram o fim de vida tem a tendência de se desequalizarem no banco, levando baterias a sulfatação e outras a sobrecarga levando ao risco de gaseificação e explosão dessas baterias.

É conhecido casos também de baterias que aparentemente estavam sem problemas e já possuíam mais de 4 anos de uso e ao serem solicitadas entraram em combustão por problemas nas soldas intercelulares que ocasionou arco voltaico resultando em um incêndio no banco.

Portanto caso não seja possível de se verificar a vida útil das baterias de um banco, é altamente recomendado a substituição do banco em no máximo 4 anos, não devendo nunca esperar uma bateria do banco apresentar falha para substituição do banco e nunca misturar baterias de idades, capacidades, modelos diferentes num mesmo banco.

2 Comentários »

  • Rosana disse:

    Olá Dilson, como vai?
    Agradecemos seu contato.
    Consultei nossa equipe técnica e eles consideraram essa sua técnica fora das normas e padrões de qualquer fabricante.
    Diante do descrito por você, podemos concluir que o risco de explosão da bateria é iminente.
    Portanto, o ideal, seria descartar de forma ecológica essa bateria e adquirir uma nova, caso você deseje colocar o nobreak em funcionamento.
    Att,
    Rosana – MKT

  • Dilson Bezerra disse:

    Olá amigos, essa foi uma excelente matéria gostei muito, eu tenho uma pergunta para me orientar, dependendo de vocês é o seguinte,eu tenho um nobreak de reserva que ganhei de um amigo, pensando que que o mesmo estava quebrado, mas era só a bateria falida mas mesmo assim ele não quis ele de volta, eu também tinha um bateria de nobreak encostado, ela estava com pouca água destilada dentro, e estava dando 10 volts, quando complementei a água coloquei para carregar no próprio nobreak durante 12 Hs, ela carregou os 13,15 volts, e têxteis e simulei uma falta de energia, coloquei uma lâmpada de 40 volts na saída do nobreak e segurou o tempo suficiente para desligar o Pc, Manualmente, eu deduzi que a bateria ainda dar para o uso. O que eu notei durante a recarga da mesma, com a tampa plástica fora do lugar e a tampa de borracha que fica na saída das 6 células onde a gente coloca a água, eu notei que durante a recarga a água era expulsa, mas só espumava poça de água e depois parava, e isso acontecia só com duas células, outra observação é quando colocava as tampinhas de borracha, ela só ficava trinta segundo no local e depois pulava fora com a pressão do gás, mesmo assim devo vedar a bateria como estava antes ? para que a borracha não venha voar fora, ou terei problemas se eu forçar impedindo a saída do gás ? eu já deixei ela descansando durante um dia com ela aberta depois que eu dei uma carga nela, mas mesmo assim ela continua cuspindo a tampinha fora. Desculpe o longo texto, eu tentei dar toda informação das minhas dúvidas, grato e fico esperando o retorno.

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