Tudo sobre baterias

Tudo o que você precisa saber sobre baterias está aqui na No Break.Net. Acesse e saiba desde os tipos de bateria até seus principais componentes.

Estabilizadores

São equipamentos que corrigem a tensão da rede elétrica e fornecem uma alimentação estável e segura aos equipamentos.

Geradores

Gerador é um dispositivo utilizado para a conversão da energia mecânica, química ou outra forma de energia em energia elétrica.

No-break ups

Saiba tudo o que é preciso sobre os no-breaks ups, como o que são, sua composição, seus tipos, e muito mais. Clique e tenha todas essas informações em um só lugar.

Transformadores

Um transformador ou trafo é um dispositivo destinado a transformar energia elétrica de um circuito a outro, isolando, elevando ou rebaixando tensões e correntes.

Home » Tudo sobre baterias

Comparativo – Baterias AGM X GEL

Uma das características da bateria chumbo-ácida regulada por válvula (VRLA) é o confinamento do eletrólito, que é imobilizado de modo a eliminar os riscos e conseqüentes danos de um derramamento de substância ácida e que, por sua arquitetura interna, facilita o ciclo de recombinação de gases com elevados níveis de eficiência. Devido a isso, torna-se desnecessário adicionar água à bateria ao longo de sua vida operacional, trazendo grandes vantagens em seu  manuseio e procedimentos de manutenção. Assim, quantidades ínfimas de gás são liberadas para o meio ambiente onde as baterias estejam instaladas.

Todas essas vantagens associadas fazem com que esse tipo de bateria seja utilizado em uma ampla gama de aplicações críticas de energia e vem rapidamente substituindo as baterias de chumbo-ácidas ventiladas, na maioria dos casos.

Entretanto, diferentes condições de uso exigem diferentes tipos de bateria. Para atender a necessidades especificas de utilização, existem baterias de diferentes características. Dentro da conceituação de baterias VRLA, existem dois tipos básicos de baterias: as que utilizam a tecnologia AGM e as que utilizam a tecnologia GEL.

Essas tecnologias utilizam diferentes formas de retenção do eletrólito. As baterias denominadas AGM (Absorbent Glass Mat) confinam o eletrólito por absorção em mantas de microfibras de vidro. Essas mantas também têm a função de separador elétrico e são posicionadas entre as placas das baterias. Na tecnologia GEL, esse confinamento se dá por gelificação do eletrólito.

Essas diferenças resultam em significantes diferenças de desempenho, dissipação de calor e de comportamento em vida cíclica. A escolha de cada tecnologia vai depender basicamente das condições de utilização a que as baterias vão ser submetidas.

TECNOLOGIA AGM
O separador de microfibra de vidro é um material altamente poroso e absorvente e tem uma resistência elétrica muito baixa. Esse material separador é mantido sob compressão entre as placas, de forma a garantir que o eletrólito por ele absorvido esteja em completo contato com a superfície das placas, assegurando uma condição otimizada da reação química que ocorre entre o eletrólito e o material ativo da placa.

TECNOLOGIA GEL
O separador elétrico, também mantido sob compressão entre as placas, é feito de um material poroso e o eletrólito se encontra confinado por gelificação. Fissuras e micro rupturas no gel permitem o transporte do oxigênio da placa positiva para a placa negativa permitindo o ciclo de recombinação do oxigênio.

A bateria AGM contém mais eletrólito e peso específico do eletrólito ligeiramente maior que a da bateria GEL. Essa bateria tem resistência interna muito baixa e, em descarga, apresenta menor queda de tensão, resultando em maior tensão nos terminais e maior nível de autonomia, se comparados com as baterias GEL.

Em descargas de regimes equivalentes, baterias AGM fornecem maior autonomia se comparadas a baterias GEL de mesma capacidade. Em aplicações de alta performance, a solução AGM é mais aplicável.

Pelo fato de a bateria AGM tem uma eficiência de recombinação mais eficiente e menor resistência interna que a bateria GEL, o nível de absorção da corrente de flutuação é mais elevado, o que gera maior calor interno. Como o calor dissipado é proporcional ao quadrado da corrente, nas baterias AGM, elevadas temperaturas configuram maiores situações de risco.

Em conseqüência, as baterias AGM são mais sujeitas a uma avalanche térmica. Por isso as condições de temperatura apropriadas e situações adequadas para dissipação de calor são cuidados essenciais para esse tipo de bateria. A tensão de carga deve estar adequada para a temperatura ambiente onde a bateria estiver instalada.

A bateria GEL, pelo fato de ter o eletrólito gelificado em completo contato com as placas, local onde o calor gerado, e as paredes da bateria, permite uma condução de calor mais eficiente que na bateria AGM, fazendo com que as perdas de desempenho por elevação de temperatura sejam menores. Assim, esse tipo de bateria é mais aplicável em condições em que o controle de temperatura não é possível.

Ambos os tipos de baterias sofrem em conseqüência de temperatura elevada, mas a tecnologia GEL permite uma menor perda de desempenho quando isso ocorrer, pelas razões acima expostas, o que a torna mais adequada para esse tipo de aplicação.

Outra diferença importante na aplicação das baterias AGM e GEL é que as primeiras são mais aplicáveis em condição de utilização em flutuação, quando a bateria permanece continuamente conectada a uma fonte de energia e a uma carga, de modo a fornecer de forma instantânea, energia ininterrupta quando faltar a energia principal.

As baterias GEL são recomendadas quando sua utilização for cíclica, situação em que provém dela toda a energia que alimenta a carga.

A escolha da bateria com tecnologia AGM ou GEL para cada tipo de aplicação é determinado pelas características e condições de sua utilização.

Na utilização cíclica, a bateria pode sofrer descarga profunda com freqüência, como se verifica nas utilizações típicas que definem esse tipo de uso, tais como cadeiras de roda, carrinhos de golfe, sistemas fotovoltaicos e diversos aparelhos portáteis. Nessas aplicações, os ciclos são repetidos frequentemente, o que é desgastante para os materiais ativos da placa positiva, acelerando a sua degradação. O processo de formação de gases é acelerado e as grades da placa positiva sofrem acelerada corrosão devido ao nível de sobrecarga a que ela é normalmente submetida, pela utilização de elevadas tensões de carga.

Cada bateria, por suas especificidades, tem sua aplicabilidade ideal dependendo do tipo de cada utilização. O tipo de eletrólito e sua densidade, as características do elemento separador, bem como a existência ou não da técnica de imobilização do eletrólito, determinam significativamente se a bateria é adequada para o melhor desempenho naquele tipo de aplicação. Para cada aplicação, deve ser feita uma análise criteriosa a respeito das necessidades específicas,
condições de mercado, maior disponibilidade e facilidade de reposição, etc.., antes da escolha do tipo adequado de bateria.

Lembramos que a bateria VRLA, mesmo tendo uma elevada eficiência de recombinação de gases, de até 99%, ainda vai gerar gases, ainda que em quantidades ínfimas. Por isso, ela não deve ser utilizada em ambientes hermeticamente fechados, devendo haver aberturas ou ventilação adequada.

Deixe um comentário!

Adicione seu comentário abaixo, ou trackback a partir do seu próprio site. Você também pode Comments Feed via RSS.

Seja agradável. Mantenha-o limpo. Permaneça no tópico. Sem spam.

Você pode usar essas tags:

<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong> 

Este é um weblog Gravatar-permitido. Para obter seu próprio-mundialmente reconhecido-avatar, registe por favor em Gravatar.